Quase um ano depois, o Banco Central de São Tomé e Príncipe tem um novo governador. A posse, conferida pelo ex-governador que interrompeu funções para assumir o cargo de Primeiro-Ministro, decorre num contexto em que a inflação continua a mostrar resistência.
“Assumo este mandato com a responsabilidade de reforçar a ancoragem da política monetária, preservar a credibilidade da paridade cambial e promover uma inflação baixa e estável. Pretendo consolidar a supervisão do sistema financeiro, garantindo resiliência, solvência, conduta responsável e prevenção efetiva do risco reputacional.”
As palavras são de Agostinho Fernandes, jurista e antigo Ministro da Economia, Cooperação Internacional e do Plano e Desenvolvimento, que prometeu também gerir com prudência as reservas internacionais. Deixou, contudo, um aviso claro:
“Nenhuma decisão do Banco Central será movida por pressões externas, mas apenas por dados, análises e princípios de prudência.”
A comunicação e a transparência serão igualmente pilares do seu mandato:
“O Banco Central falará com clareza, explicará as suas decisões e reforçará a previsibilidade da política monetária. Todas as decisões relevantes serão explicadas e documentadas.”
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Para o Primeiro-Ministro, Américo Ramos, a liderança do Banco Central está em boas mãos:
“Estou, enquanto Primeiro-Ministro, à vontade em ter um governo do Banco Central que representará com qualidade e rigor essa instituição tão importante para São Tomé e Príncipe.”
Na mesma cerimónia, tomaram posse dois administradores executivos: Lara Beirão e Ayagi Dias. Quanto aos administradores não executivos, a nomeação ficará dependente da aprovação dos nomes pelo Parlamento.

