A Constituição da Guiné-Bissau não admite a dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP) antes de um ano da eleição dos deputados. Ainda assim, o Parlamento foi dissolvido seis meses após as legislativas ganhas pela coligação Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka).
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, justificou que, se não tomasse a decisão de dissolver a ANP, a Guiné-Bissau voltaria a uma situação de guerra civil, “cozinhada no Parlamento”.
Embaló considerou tentativa de Golpe de Estado a retirada, à força, das celas da Polícia Judiciária (PJ), do então ministro das Finanças, Suleimane Seidi, e do secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, por elementos da Guarda Nacional (GN), que após o ato, se envolveram em confrontos com forças da Presidência da República.
Os dois antigos governantes eram acusados pelo Ministério Público de alegada prática de corrupção, num caso de pagamento de dívidas do Estado às empresas, num montante a rondar os 10 milhões de euros.
Fonte: DW