Jair Bolsonaro condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal

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Jair Bolsonaro condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (11/09) Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, com regime inicial fechado.

O ex-presidente do Brasil foi considerado culpado de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

A condenação teve quatro votos favoráveis e um contrário, de Luiz Fux, na Primeira Turma do STF. Os votos favoráveis foram do relator da ação penal, o ministro Alexandre de Moraes; Flávio Dino; Cármen Lúcia; e Cristiano Zanin.

Além de Bolsonaro, os outros sete réus na ação penal também foram condenados por todos os crimes pelos quais foram acusados: Alexandre Ramagem; Almir Garnier; Anderson Torres; Augusto Heleno; Mauro Cid; Paulo Sérgio Nogueira; e Walter Braga Netto.

Com exceção de Alexandre Ramagem, todos os réus foram condenados pelos crimes de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano contra o patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado.

Ramagem, que é deputado federal (PL-RJ), não responde mais às acusações de dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado, ambas ligadas aos ataques de 8 de janeiro.

Isso porque a Primeira Turma do STF decidiu suspendê-las por conta de sua imunidade parlamentar durante o mandato — já que, segundo a acusação, esses crimes teriam acontecido após Ramagem assumir o cargo.

Com o último voto, de Zanin, houve também unanimidade para validar a delação de Mauro Cid — um dos réus e delator, cujo acordo de colaboração foi contestado pelos advogados de outros réus.

Zanin e Cármen Lúcia votaram nesta quinta — o voto da ministra pela condenação de Bolsonaro formou a maioria para a punição do ex-presidente.

A sessão de quarta-feira (10/9) foi marcada pelo longo voto do ministro Luiz Fux, que divergiu do relator, Alexandre de Moraes, e do ministro Flávio Dino.

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Fux votou pela absolvição do ex-presidente em todos os cinco crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Também não há provas, segundo Fux, de que Bolsonaro sabia do plano “Punhal Verde e Amarelo” para matar autoridades, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Fux também votou na quarta-feira por absolver o almirante Almir Garnier, o general Paulo Sérgio Nogueira, o general Augusto Heleno, Alexandre Ramagem e Anderson Torres.

Mas o ministro formou maioria ao votar pela condenação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Pelo mesmo crime, votou pela condenação do general Braga Netto, que concorreu a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.

Na terça-feira (9/9), os ministros Alexandre de Moraes e Flavio Dino haviam votado pela condenação dos réus por todos os crimes.

As penas de cada réu

Após a condenação, o STF definiu as penas de cada um dos réus. À exceção de Mauro Cid, todos devem começar a cumprir as penas em regime fechado.

  • Jair Bolsonaro: 27 anos e 3 meses de prisão;
  • Mauro Cid: 2 anos de prisão no regime aberto;
  • Walter Braga Netto: 26 anos de prisão;
  • Anderson Torres: 24 anos de prisão;
  • Almir Garnier: 24 anos de prisão;
  • Augusto Heleno: 21 anos de prisão;
  • Paulo Sérgio Nogueira: 19 anos de prisão;
  • Alexandre Ramagem: 16 anos, um mês e 15 dias de prisão.

Outra definição foi o pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, excluído da condenação Mauro Cid.

O STF também decidiu pela perda do mandato parlamentar de Alexandre Ramagem e determinou como inelegíveis todos os condenados.

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