Jovens de Malanje, tomem a iniciativa de sair temporariamente da nossa cidade. Sugiro que conheçam as províncias do sul do país e observem atentamente: as condições das estradas, as infraestruturas, os sistemas de abastecimento de água e energia, a qualidade das universidades (desde a licenciatura até o doutoramento), a gestão e organização dos hospitais, as centralidades habitacionais, a conduta da juventude universitária, a qualidade do ensino em geral, as bibliotecas e o investimento empresarial promovido pelos filhos daquela terra.
Após essa análise, reflictam e compreendam as causas reais das disparidades com a província de Malanje.´
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Sonhem alto, alimentem grandes expectativas e lutem por elas. Não aceitem os conselhos de algumas pessoas de que o verdadeiro sucesso depende exclusivamente de uma carreira política. Rejeitem a ideia de que o auge de um jovem em Malanje é ser ADMINISTRADOR MUNICIPAL. Conheçam outras realidades e, ao fazê-lo, libertem-se das limitações impostas pelo conformismo.
Às jovens mulheres de Malanje.
Não permitam que o desejo de constituir família ou de um noivado se sobreponha à vossa ambição de serem mulheres intelectualmente realizadas, profissionais de excelência e economicamente independentes. Saíam da rotina da Catepa, do Ritondo, Cangambo, Camoma, Campo de Av., participem em workshops organizados por mulheres empreendedoras, académicas ou especialistas em diversas áreas noutras províncias (isso mesmo, podes viajar só para assistir a um evento produtivo que pode mudar a tua vida). Expandam os vossos horizontes e não se verguem a ideia de que a idade está a ir, sonhem mais.
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Queridos docentes universitários com grau de licenciado…
Não se acomodem. Lembrem-se de que a licenciatura não é o fim, mas apenas um degrau na escada do conhecimento. Invistam no vosso desenvolvimento académico e profissional. Lutem para conquistar graus mais elevados, como mestrados e doutoramentos, pois muitas oportunidades exigem qualificações específicas. Viajem, explorem novas possibilidades e deem continuidade à vossa formação.
O mito da caverna, proposto por Platão, continua a ser uma metáfora importante e aplicável nos dias de hoje. Viajar e conhecer outras realidades é, também, uma forma de estudar e se libertar. Essa experiência pode libertar-nos das sombras da ignorância e conduzir-nos à luz do conhecimento e do progresso.
Por: José Pedro de Oliveira
